quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

No limbo . Natasha

O limbo sempre foi meu lugar. 

Minha casa, 

foi construída nele. 

Minhas asas também. 

Meu ato de criar, 

de me recriar, 

de me renascer e ser, 

limbica. 

Eterna bailarina da linha tênue. 

Nascida do caos. 

 

E mal parida, 

já nadava contra a corrente. 

Dejeto de ondinas, 

alma de sereia, 

ou de serei? 

Ou de será? 

 

Quem tudo vê. 

Tudo dança, 

mas tantas vezes se cansa, 

de ver sozinha. 

E volta pra casa, 

retira a asa, 

enrrola a linha tênue num novelo e limba. 

 

Se limba. 

Eu limbo, t

u limbas? 

Ele não limba. 

Vois não limbais, 

eles não limbam. 

E nós?

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