terça-feira, 20 de setembro de 2022

Eugénio de Andrade

 Creio que foi o sorriso, 

o sorriso foi quem abriu a porta. 

Era um sorriso com muita luz 

lá dentro, apetecia 

entrar nele, tirar a roupa, ficar 

nu dentro daquele sorriso. 

Correr, navegar, morrer naquele sorriso.

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