Um poema,
um leve poema que vai germinando na terra.
Um regador que o cobre molhado de palavras,
um vaso onde se junta pelas raízes,
um canteiro onde se inunda pelas matrizes da paisagem,
um jardineiro que o alimenta em voz projectada,
uma jarra chinesa onde é depositado para ornamento,
uma flor pintada aos versos.
Um poema.
E o poeta?
O poeta morreu na hora que o terminou.
Morre sempre mais um bocadinho.
Devagar,
sílaba a gota,
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