terça-feira, 20 de setembro de 2022

Prólogo no Céu . François Muleka

prólogo no céu: 

vou me mergulhar nas águas turvas da(o) capital 

porque hoje em dia amar é um erro, como se perder 

nú num shopping de acolá. 

e agora rima... reza 

porque se o verso for bom eu posso musicar 

menino, rima... reza 

porque se o gesto agradar

 

entre o feijão e o sonho: 

O amor mora em mim, mora em ti 

mas nós moramos em algum lugar; que é pago 

e agora? as contas do amor, quem vai pagar com osso e valsa? 

as contas do amor, quem vai pagar? é osso e valsa: dança perigosa! 

prepara o bolso amor, prepara! 

pois quanto mais for ido, flor; com mais jura ou menos, juro que os vasos eu cuido 

esta sacada é divinal

 devagar com o andor, atenção! 

dá preguiça e dá vontade de fazer careta 

e agora a ordem é presidir, conciliar feijão e sonho 

a ordem é dividir, compartilhar feijão e sonho 

mas no fim das contas 

prepara o bolso, amor, prepara! 

pois quanto mais for ido, flor...

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